Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !
(...)
Naqueles tempos ditosos Ia colher as pitangas,Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !
(...)
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar
Casimiro de Abreu
Há um menino, há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade, alegria e amor
Pois não posso, não devo, não quero
Viver como toda essa gente insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude
O solitário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
Milton Nascimento
Um comentário:
Ai que saudades eu tenho ...
Da minha menina fagueira que corria atrá dos patos, galinhas e fugia dos bois....
Que tomava banho no Rio Gongogi, que brigava com o avô para chupar cana e sentar no sofá junto dele (coitada de Pimbinha!)...
Que gritava: "Eu quero escaldado de ovo agora, Mana!"...
Que queria arrancar os dentes para usar uma "chapa" e não dispensava um pedaço de "rasta pé" e nem de um a boa fatia de "mela"...
Ai que saudades ..................
Ai que saudades...................
AMO VOCÊ!!!!!!
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