Sempre que meu aniversário se aproxima, eu fico um pouco mais nostálgica.
Esse ano me veio a lembrança de um dos meus passeios favoritos na infância, (morei os dez primeiros anos da minha vida no interior da Bahia, Ubaitaba. Isso, claro, rende milhares de histórias). Como eu estava falando, um dos meus passeios favoritos era ir á feira com meu avô, sim, com o meu avô. A minha mãe até que ia a feira, mas era muito sem graça, ela estacionava o carro bem no final da feira, passávamos pela parte fashion das roupas, íamos diretos para a maior barraca de frutas e verduras e ela dizia: "Seu Elisio, separa ai para mim o de sempre que na volta eu pego", percorria mais alguns metros, ia até as barracas já conhecidas onde pegava as carnes previamente selecionadas por meu pai. Quando era semana de comprar farinha passava no mercado de farinha e pegava o saco plástico já fechadinho com a farinha, daí era só passar na barraca de Seu Elisio, pegar as frutas e verduras já separadas e pronto corria para o carro...ah
claro, tinha o "menino do carrego" que também era sempre o mesmo, que seguia os passos rápidos de minha mãe com o carrinho de mão e cesta de feira dentro.
Mas, com meu avô era diferente, éramos eu, ele e Mana (mãe de Emilia e minha também).
Primeiro que o carro era estacionado na praça e a gente descia a ladeira, da feira já tendo aquela visão de uma multidão andando de um lado para o outro, entravamos no mercado de farinha e meu avô ia experimentando o produto com os vendedores e eu claro, me lambuzava de farinha também, quando achava aquela preferida ele sacava o seu saco de pano branquinho que parecia nuvem, e o vendedor ia colocando a quantidade de "latas" que meu avô queria...depois seguíamos de barraca em barraca escolhendo o melhor de cada...fruta, só as "chiques" (maçã, pêra e uva) eram compradas na feira, as outras meu avô já havia trazido da fazenda no dia anterior...e assim ia meu avô escolhendo, coentro, cebolinha, cebola, fruta "chique " , carne, peixe...e falando com todo mundo "Oi fio de Jegue"; " Como vai a senhora?" parecia vereador e todo mundo fazia questão de falar com ele "Oi Seu Antônio" ; "Oi Toin" (diziam os íntimos)...e meu avô fazia algo a mais ele passava na parte fahion da feira...eu AMAVA e toda vez que eu ia na feira com meu avô e levava para casa um copo plástico, um brinquedo de "ultima geração" ou calcinha ...eu até hoje não sei ao certo porque eu gostava de calcinha da feira, acho que era a "qualidade do material " , os bichinhos que tinha nela..ou mesmo para ter o que comprar. Afinal, não extrapolava o meu orçamento!
Meu avô já ta em outro plano há mais de 20 anos...mas sei que ele de algum modo dar risadas de saber que até hoje eu curto uma feira...e que já andei por feiras, em Portugal, Itália, Inglaterra e até na Grécia...um dia desses volto a comprar uma calcinha na feira!!!
Esse ano me veio a lembrança de um dos meus passeios favoritos na infância, (morei os dez primeiros anos da minha vida no interior da Bahia, Ubaitaba. Isso, claro, rende milhares de histórias). Como eu estava falando, um dos meus passeios favoritos era ir á feira com meu avô, sim, com o meu avô. A minha mãe até que ia a feira, mas era muito sem graça, ela estacionava o carro bem no final da feira, passávamos pela parte fashion das roupas, íamos diretos para a maior barraca de frutas e verduras e ela dizia: "Seu Elisio, separa ai para mim o de sempre que na volta eu pego", percorria mais alguns metros, ia até as barracas já conhecidas onde pegava as carnes previamente selecionadas por meu pai. Quando era semana de comprar farinha passava no mercado de farinha e pegava o saco plástico já fechadinho com a farinha, daí era só passar na barraca de Seu Elisio, pegar as frutas e verduras já separadas e pronto corria para o carro...ah
claro, tinha o "menino do carrego" que também era sempre o mesmo, que seguia os passos rápidos de minha mãe com o carrinho de mão e cesta de feira dentro.
Mas, com meu avô era diferente, éramos eu, ele e Mana (mãe de Emilia e minha também).
Primeiro que o carro era estacionado na praça e a gente descia a ladeira, da feira já tendo aquela visão de uma multidão andando de um lado para o outro, entravamos no mercado de farinha e meu avô ia experimentando o produto com os vendedores e eu claro, me lambuzava de farinha também, quando achava aquela preferida ele sacava o seu saco de pano branquinho que parecia nuvem, e o vendedor ia colocando a quantidade de "latas" que meu avô queria...depois seguíamos de barraca em barraca escolhendo o melhor de cada...fruta, só as "chiques" (maçã, pêra e uva) eram compradas na feira, as outras meu avô já havia trazido da fazenda no dia anterior...e assim ia meu avô escolhendo, coentro, cebolinha, cebola, fruta "chique " , carne, peixe...e falando com todo mundo "Oi fio de Jegue"; " Como vai a senhora?" parecia vereador e todo mundo fazia questão de falar com ele "Oi Seu Antônio" ; "Oi Toin" (diziam os íntimos)...e meu avô fazia algo a mais ele passava na parte fahion da feira...eu AMAVA e toda vez que eu ia na feira com meu avô e levava para casa um copo plástico, um brinquedo de "ultima geração" ou calcinha ...eu até hoje não sei ao certo porque eu gostava de calcinha da feira, acho que era a "qualidade do material " , os bichinhos que tinha nela..ou mesmo para ter o que comprar. Afinal, não extrapolava o meu orçamento!
Meu avô já ta em outro plano há mais de 20 anos...mas sei que ele de algum modo dar risadas de saber que até hoje eu curto uma feira...e que já andei por feiras, em Portugal, Itália, Inglaterra e até na Grécia...um dia desses volto a comprar uma calcinha na feira!!!
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